quinta-feira, 1 de setembro de 2011

As experiências de um leigo na EaD

A Educação a Distância é um novo marco na minha trajetória acadêmica. Há tempos relutava, querendo não assimilar uma nova dinâmica educacional, inerente à demanda do século XXI.
Depois de ter feito um Curso de Extensão com o Prof. João Mattar (2009), comecei a digerir tal forma de aprendizado. O sabor é bom...
Com o gosto do quero mais, resolvi fazer o Curso de Especialização em Metodologias e Gestão para Educação a Distância, neste ano. Tal decisão por fazer este curso foi o de romper barreiras, de quebrar paradigmas, realmente. Entreguei-me totalmente a ele  e está sendo uma experiência sensacional!
Li muitos artigos, o livro de João Mattar – “EaD passo a passo” e, após fazer este blog (como atividade solicitada no primeiro módulo do curso), fiquei mais alucinado ainda. Já postei 7 artigos e fiz os comentários nos blogs que visitei.
Li sobre a expansão do Ensino Superior no Brasil e a EaD; sobre Educação a Distância – tensões entre o público e o privado; O professor e o Desafio do Laptop em sala de aula; sobre o Papel do Professor na EaD; o Uso dos TIC’s na Educação, sobre o Modelo Pedagógico EaD adotado no Brasil e, ainda, produzi um texto sobre O Papel da Avaliação na EaD.
A cada leitura descobri algo novo e a importância dessa modalidade de ensino-aprendizagem e quão democratizadora pode ser essa forma de ensinar e aprender.
Perceber que, na realidade, a EaD é muito antiga e que hoje apenas aparece com uma nova roupagem, me deixou bastante tranquilo.
Com toda essa leitura, além do histórico que aprendi, percebi que muito se tem discutido, criticado e alcançado na EaD: partimos dos cursos datilografados, entregues via correio, para as novas TIC’s. Chegamos às resoluções e uma LDB (9394/96) que nos dão abertura para EaD na Educação Básica (mesmo que restrita) e Ensino Superior. Temos, hoje, diretrizes para a abertura e funcionamento dos Cursos EaD. Cursos livres, de extensão e até mesmo estudos acerca de strictu sensu. Grande avanço!
Certamente, novas políticas públicas que possibilitem um direcionamento para os cursos EaD; investimento na formação de professores para essa modalidade de ensino; políticas de Educação Continuada, além de maior clareza e divulgação à população, principalmente da academia “presencial”, repleta de preconceitos e senões são necessárias.
Continuo meu curso na esperança e certeza de que serei um colaborador da consolidação da nova geração da EaD no Brasil. Por enquanto é só... Aguardem!

Refletindo sobre Avaliação na Educação a Distância*

Na atualidade, vivemos num mundo sem fronteiras para as comunicações; enfrentamos constantes mudanças, deparamo-nos com novas tecnologias, tendências, demandas e desafios que nos levam a buscar soluções criativas para diferenciadas situações. Quando superamos um paradigma, novos surgem e nos mostram que sempre temos o que aprender.
Jussara Hoffmann (2001) nos coloca que “somos o que sabemos em múltiplas dimensões. Não há como separar o que sentimos das teorias defendidas e das ações que empreendemos. O essencial em avaliação é resgatar os valores que nos tornam humano”. E, então, com todo esse imediatismo que pede o século XXI, com as relações superficiais que vivemos, com essa grande demanda pela EaD: como é possível esse resgate, principalmente no que tange à avaliação da aprendizagem?
Se é por meio do que somos e sentimos que fazemos a interpretação dos registros de nossos alunos, o grande desafio é como isso pode ser feito na Educação a Distância.
Mais uma vez, a avaliação vem como ‘o calcanhar de Aquiles’ na educação. Se defendemos a democratização da educação com o avanço da EaD, não podemos e não devemos correr o risco de não favorecer um processo avaliativo que não seja inclusivo, que não acompanhe o desenvolvimento do aluno – nos seus aspectos cognitivos, afetivos e morais. Temos de olhar a avaliação como um projeto de futuro, nos perguntando sempre: o que vamos fazer agora?
Certamente nossas ações avaliativas deverão ser diferentes. Não se pode cobrar o ‘b-a-bá’. O óbvio sim, mas com critérios que possam ir além dele. Exigir posicionamento crítico-investigativo seria uma boa saída. Mas isso basta?
Temos o dever de trabalhar valores significativos, possibilitando a construção do senso ético; e a avaliação é um momento apropriado para isso. A proposta de atividades que desenvolvam essas características tem de estar dentro do projeto de trabalho do designer educacional. Este, detentor da arquitetura educacional na EaD, tem de ter a sensibilidade para promover a ação-reflexão, a justiça e a solidariedade: três atributos essenciais e inerentes ao processo avaliativo.
E aí, outra questão: se a escola passa a ter outros significados – vida, movimento e ponto de encontro, as TIC’s têm que garantir que essa ressignificação ocorra nos ambientes virtuais, nas atividades assíncronas e síncronas. E nós, educadores neste novo momento da educação à distância, temos a obrigação de fazer com que isso ocorra. Esse movimento deverá favorecer os processos de análise, de investigação e de observação. É preciso que reconheçamos a multidimensionalidade do conceito. É preciso comentar e rever com o aprendiz quais objetivos ele ainda não alcançou, o que fazer e que rumo tomar. Eis aí, o grande desafio do professor-tutor – se fazer presente, pertinente, paciente - mesmo à distância!
Temos que compreender e, sobretudo, valorizar os diferentes jeitos de aprender, de sentir e de viver; mediar percursos individuais em tempo e em dimensões de qualidade; quanto à dinâmica da aprendizagem e à multiplicidade curricular, solicitando atividades sequenciais, gradativas, complementares, com coerência, precisão e riqueza de conhecimentos. Não podemos nos esquecer que temos agora novos paradigmas. Que o objetivo é daquele que ensina (e aprende ao ensinar) e o alcance daquele que aprende (e ensina ao aprender). A regra é outra! Eis o grande desafio das avaliações na EaD.
Por isso mesmo, o professor-tutor (mediador) deve ser o agente promotor, articulador entre os membros do grupo e deste com outros grupos. O educador deve ser organizador das situações da aprendizagem.
Finalizando... Temos de ver como Terezinha Rios nos coloca: “é a reflexão que nos fará ver a consistência até de nossa própria conceituação, e que, articulada à nossa ação, estará permanentemente transformando o processo educativo, em busca de uma significação mais profunda para a vida e para o trabalho”.

João Alfredo Carrara - joao.carrara@aedu.com

sábado, 20 de agosto de 2011

Reflexões acerca do uso das TIC's na Educação


Os diferentes cursos na modalidade à distância têm sido alvo de inúmeras reflexões na educação, haja vista os últimos resultados do ENADE.  Nos últimos anos a EaD com suas estratégias de ensino-aprendizagem têm quebrado paradigmas, antes bastante questionados: democratização da educação - em especial o Ensino Superior,  uso das Tecnologias de Informação, questões de tempo e espaço de estudo. Tudo isso tem proporcionado, sem sombra de dúvidas, uma educação com formação inclusiva, numa sociedade de diferenças tão acentuadas. Mas qual a razão disso? Será o poder do mundo globalizado, com apropriação das mídias e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), causadores de tal fenômeno?
É certo que as TIC’s no cenário da EaD ressignificaram o conceito de conhecimento. É por meio das ferramentas por elas oferecidas que as potencialidades se afloraram; sem contar que tempo e espaço já não  são mais problemas na educação.
É notória a motivação que os estudantes possuem diante de recursos modernos envolvidos no processo de ensinagem. No entanto, para muitos educadores tais recursos e estratégias com eles advindos são companheiros estranhos. Diante disso, urge que esses recursos estejam presentes nos cursos de formação de professores, a fim de potencializar a formação, concedendo aos futuros educadores, novas competências e habilidades para o ensino exigido pelo século XXI. É preciso uma nova concepção do fazer pedagógico, comprometido com diferentes espaços de trocas, permitindo que a construção do conhecimento assuma um papel significativo no processo educacional; um ensino preocupado com a atuação responsável, autônoma e livre do autor principal: o aluno, totalmente crítico-reflexivo.
Portanto, as TIC’s devem somas aos estudos proporcionando nos sujeitos envolvidos no processo o desenvolvimento de novas habilidades e interações, em diferentes níveis e meios sociais e culturais.
Nesse cenário, as mídias, de um modo geral, surgem como mediadoras da ensinagem, enquanto informação e comunicação. Elas permitem o olhar global de uma problemática e dá suporte para buscar soluções plausíveis, além de permitir a discussão e interação com diferentes grupos. É na diversidade que se fará ‘assumição’ de seu papel na sociedade pluricultural.  
Vejam bem... estamos diante de outro paradigma: qual o conceito de recurso didático ensinado e praticado hoje em muitas universidades? Existe uma prática pedagógica planejada?
Os novos espaços criados pelas TIC’s no cenário educacional, em especial aos cursos EaD, permitiram que o aluno seja, realmente, protagonista de sua própria caminhada em busca da aprendizagem, dando significado ao conhecimento construído, justamente porque as TIC’s propriciaram novas linguagens no espaço educacional.
Assim “é possível construir conhecimento a partir do que já sabemos e do que somos capazes de fazer” (MARCELO, 2011).
Necessitamos de muitas reflexões, ainda, acerca dessa temática. Mas, você que é educador, não fuja dela. Procure estudar, conhecer, para assim contribuir para o desenvolvimento de políticas educacionais inovadoras, democratizadoras e eficazes.

Sugiro que leiam o texto de Rodney Marcelo, colunista Brasil Escola, disponível em: http://www.brasilescola.com/educacao/as-tics-no-contexto-ead-limites-possibilidades.htm

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Reflexões sobre a Expansão do Ensino Superior EaD no Brasil

Muito me agradou as reflexões propostas por Kátia Morosov Alonso, no artigo A Expansão do Ensino Superior no Brasil e a EaD: dinâmicas e lugares, publicado pela Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p.1319-1335, out-dez. 2010, em que dentre vários levantamentos ela faz referência à qualidade do Docente na EaD - tema que sempre me preocupou enquanto educador.
A autora inicia a discussão fomentando a expansão da EaD no que tange à democratização do acesso ao ensino superior e a necessidade da formação profissional (na educação), como requisito básico para a melhoria da qualidade da educação básica. Faz referência, também, à necessidade da formação continuada dos profissionais, em especial, aos licenciados.
Após algumas citações, ela aponta uma crítica sobre as políticas que regem as aberturas de cursos superiores - com ênfase na EaD, acerca dos 'itens' previstos para o credenciamento, oferta de vagas/cursos, previstas no Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005, corroborado pelo documento denominado "Parâmetros de Qualidade para a Educação Superior a Distância". Em outras palavras, é muito fácil abrir um curso EaD. Como ela mesma diz, "vemos surgir assim 'feudos', em que convenciona trabalhar, ou não, com a EaD, isso como forma/modo de se conservar a qualidade na formação.
Que qualidade? Aprofundar a discussão sobre essa temática seria condição necessária, se não primária, para a elaboração de políticas públicas para o ensino superior brasileiro, principalmente se tratarmos da formação de professores. E é aí, que reside outro 'enrosco'!
Parece que os cursos de EaD traz estratégias tecnológicas para suprir a necessidade da relação humana presencial. Talvez, por ter a finalidade dessa modalidade de ensino-aprendizagem com o controle mais ligado ao aluno do que ao professor e parceiros, propriamente dito. Será?
Não basta ter professores e alunos no exercício da mediação. É preciso não massificar.
É da ilusão do atendimento massificado que se origina a ideia de autonomia do aluno na EaD. Há que se pensar em outras formas de convivência dos sujeitos. Mas têm de existir.
Aí reside, então, a formação docente de qualidade. É preciso que se reconheça a ação do professor como central no desenvolvimento da EaD. Embora os "Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância" tratem o tutor como aquele que participa ativamente da prática pedagógica, sabe-se que estes, nem sempre, tem formação adequada para a demanda. E mais, se o tutor é quem acompanha o aluno (no significado da função tutorial), no que é que suas atribuições são diferentes dos docentes? Urge repensar, então, na qualificação de tais profissionais: atividades de formação dirigida, por exemplo, seria essencial para a consolidação da modalidade.
Por outro lado, o tutor não tem, profissionalmente, reconhecimento social, econômico e empregatício compatível com suas atribuições. É preciso, também, otimizar recursos humanos e financeiros para a qualificação desse profissional.
O que vocês pensam disso?
Leiam o artigo na íntegra e comentem comigo. Até mais.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EaD no Ensino Público e no Ensino Privado

Compartilho com vocês o texto de Jaime Giolo: Educação a Distância: tensões entre o público e o privado, publicado pela Educ. Soc., Campinas, v. 31, n.113 e instigá-los a refletir à luz da proposta deste blog.
O autor faz um relato bastante crítico e político (se é que dá para criticar sem ser político) sobre a expansão do Ensino Superior pós LDB 9394/96, a nova faceta da EaD na escola pública e na privada, bem como as políticas que as regulamentam. E, ainda, põe em cheque o modelo ora existente em ambas.
No texto Giolo mostra que no período pós-LDB a expansão da educação superior brasileira foi movida, predominantemente, pela oferta e isso acirrou sobremaneira a concorrência e a busca de formas alternativas de educação com o objetivo de atrair alunos. Muitos cursos mais baratos e de curta duração foram criados, além de novas modalidades, como a EaD. Importante lembrar que a EaD aparece, nesse momento, como uma estratégia de conquista de mercado. Essa é um dos motivos às tantas críticas a EaD e seu formato. Onde fica o docente nesse formato? Qual o seu papel? Qual o papel político pedagógico desse profissional?
Quais são as políticas públicas acerca dessa modalidade de ensino? Qual o setor privilegiado com tais políticas?
Mais adiante, Giolo questiona o problema da qualidade do ensino na educação pública versus privada, enfatizando o alto patamar que as instituições públicas sempre mantiveram, desde o começo de sua história. Os investimentos aplicados nas 'públicas' possibilitaram (e possibilitam) que elas mantivessem o status (tecnológico, humano, político), além das posições geográficas estratégicas, próximas às capitais e grandes centros urbanos. Não há de se negar que o investimento no profissional, nos seus professores - altamente qualificados, trabalhando em tempo integral e na tecnologia de ponta - colaboraram para essa excelência. E nas instituições privadas, como isso se deu? Se dá? Há de se registrar que inúmeras instituições privadas têm trazido muitas contribuições à qualidade do ensino e dos profissionais do Brasil. Mas sempre criticadas pela formulação de novas propostas metodológicas, flexíveis e aligeiradas de educação. Tudo o que foge do 'tradicional' sempre foi questionado. Mas os tempos são outros, as pessoas são outras, as estratégias têm de ser outras...
Com a EaD não poderia ser diferente! Todo esse enraigamento na tradição acabaram por gerar consequências nas ações avaliativas e regulatórias do MEC em relação a Educação a Distância. Documentos regulatórios, totalmente moduladores saem do ministério, a fim de 'garantir um ensino - concebido tradicionalmente - como sendo de qualidade'.
Estes e outros pontos são abordados por Jaime Giolo e vale à pena ler na íntegra.
Boa leitura!
http://www.cedes.unicamp.br/

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Um computador por aluno

O artigo das Profª Ana Beatriz Gomes Carvalho e Profª Dagmar Heil Pocrifka, da UFPE, entitulado: "O Professor e o Desafio do laptop em sala de aula: reflexões sobre o Projeto Magalhães e o Programa Um Computador por Aluno", propõe uma reflexão acerca da aproximação entre tecnologia e educação, com a proposta do uso de computadores em sala de aula, mais especificamente, um laptop por aluno. Segue uma sinopse do trabalho, mas sugiro que façam a leitura do texto na íntegra. Vale a pena!
As autoras introduzem a temática apontando que as políticas de inclusão digital foram priorizadas em vários países do mundo e como uma das alternativas encontradas pelos educadores para promover ações de inclusão digital é a utilização do ambiente escolar como espaço de inclusão digital a partir da formação de alunos e professores e uso educacional das ferramentas digitais. No entanto, continuam, a universalização do ensino precisa ser acompanhada de um aproveitamento efetivo do que é oferecido pela escola. Trata-se de colocar a escola pública em um contexto de inovação tecnológica e flexibilidade de uma sociedade de informação no mundo globalizado.
Historicamente, as políticas de inclusão digital que foram direcionadas para as escolas apresentaram diversas configurações e contemplaram a infraestrutura em equipamentos com a implantação de laboratórios de informática, o que não significou a apropriação tecnológica esperada. Em 2005, surge o conceito 1:1, uma concepção inovadora de que a inclusão digital poderia ser realizada com um computador para cada alunos por meio da distribuição de laptopas educacionais.
Este artigo teve o objetivo de analisar as primeiras impressões dos professores diante do uso do laptop edcuacional em sala de aula (Projeto Magalhães e Projeto UCA, em Pernambuco), buscando encontrar perspectivas similares no processo de apropriação tecnológica e mudança na prática pedagógica dos professores.
Os resultados iniciais indicaram que algumas estratégias precisam ser consideradas no desenvolvimento de ações de inclusão digital no ambiente escolar, sobretudo nos aspectos que envolvem a formação e participação docente. É preciso 'escapar deste modelo inclusão/exclusão e pensar a inclusão digital como algo mais abrangente, que implique em que aquele que está incluído é capaz de participar, questionar, produzir, decidir, transformar' (Bonilla, 2004).
A abordagem do uso das tecnologias na formação do professor está contextualizada não apenas com o uso das ferramentas para a sua aprendizagem, mas também para proporcionar meios para que ele se aproprie do uso das tecnologias para o desenvolvimento de novas práticas em sala de aula. É necessário pensar como todos os artefatos poderão ser apropriados e utilizados na sala de aula.
Bem, é fato que os problemas com o uso das TIC em sala de aula é um processo lento, complexo e ainda exige mais pesquisas sobre o assunto.
Hoje, a inclusão digital nas escolas é um processo irreversível. Porém há muitos gestores escolares que relutam em absorvê-la. É nosso papel, enquanto educadores do século XXI revertermos essa situação.
Por esse motivo, mais uma vez insisto: leiam o texto na íntegra.

domingo, 7 de agosto de 2011

Docência e Formação Docente na EaD

Simone Medeiros, no artigo: A Docência (e a formação docente) na Educação a Distância: notas para a reflexão, discute,  problematiza e propõe uma reflexão sobre a docência (e a formação docente) na educação a distância, num contexto marcado por contradições nas diretrizes das políticas de formação de professores. Ela nos permite refletir partindo dos seguintes questionamentos: há docência (e formação docente) na educação a distância? Quem é o docente na educação a distância? A tutoria se reconhece e é reconhecida como docência? Quem ensina na educação a distância?
A partir de uma vasta revisão literária Medeiros nos aponta caminhos, uma vez que vivemos num momento em que recebemos os nativos digitais no ensino superior, as TICs se aprimoram a cada dia e o comportamento social dos jovens (principalmente) está muito diferente daquele no início da EaD no Brasil.
A função docente na educação a distância, historicamente, tem sido fragmentada em várias outras funções que vão do planejamento inicial à distribuição de materiais, até a avaliação do desempenho dos estudantes, onde as partes não dão conta da totalidade do processo, reduzindo o seu trabalho à execução de etapas pré-definidas.
Para Barreto (2004), essa perspectiva sinaliza um movimento que tem anunciado “um novo paradigma”, o qual tem posicionado as TIC no lugar do sujeito.
Para Aretio (1999), as atividades exigidas de um docente na educação a distância são as mesmas de um docente na educação convencional. O tutor deve combinar estratégias, atividades e recursos que atuam como mediadores entre um curso e um estudante. Suas funções essenciais devem ser de orientação
(centrada fundamentalmente no âmbito afetivo), acadêmico (meio para ajudar e reforçar o processo de autoaprendizagem) e de colaboração e articulação com a sede central.
Tem-se, dessa forma, um novo paradigma que tem de ser entendido e analisado. Confira o texto na íntegra, vale à pena.
http://www.seer.ufv.br/seer/educacaoemperspectiva/index.php/ppgeufv/article/viewFile/90/37