O artigo das Profª Ana Beatriz Gomes Carvalho e Profª Dagmar Heil Pocrifka, da UFPE, entitulado: "O Professor e o Desafio do laptop em sala de aula: reflexões sobre o Projeto Magalhães e o Programa Um Computador por Aluno", propõe uma reflexão acerca da aproximação entre tecnologia e educação, com a proposta do uso de computadores em sala de aula, mais especificamente, um laptop por aluno. Segue uma sinopse do trabalho, mas sugiro que façam a leitura do texto na íntegra. Vale a pena!
As autoras introduzem a temática apontando que as políticas de inclusão digital foram priorizadas em vários países do mundo e como uma das alternativas encontradas pelos educadores para promover ações de inclusão digital é a utilização do ambiente escolar como espaço de inclusão digital a partir da formação de alunos e professores e uso educacional das ferramentas digitais. No entanto, continuam, a universalização do ensino precisa ser acompanhada de um aproveitamento efetivo do que é oferecido pela escola. Trata-se de colocar a escola pública em um contexto de inovação tecnológica e flexibilidade de uma sociedade de informação no mundo globalizado.
Historicamente, as políticas de inclusão digital que foram direcionadas para as escolas apresentaram diversas configurações e contemplaram a infraestrutura em equipamentos com a implantação de laboratórios de informática, o que não significou a apropriação tecnológica esperada. Em 2005, surge o conceito 1:1, uma concepção inovadora de que a inclusão digital poderia ser realizada com um computador para cada alunos por meio da distribuição de laptopas educacionais.
Este artigo teve o objetivo de analisar as primeiras impressões dos professores diante do uso do laptop edcuacional em sala de aula (Projeto Magalhães e Projeto UCA, em Pernambuco), buscando encontrar perspectivas similares no processo de apropriação tecnológica e mudança na prática pedagógica dos professores.
Os resultados iniciais indicaram que algumas estratégias precisam ser consideradas no desenvolvimento de ações de inclusão digital no ambiente escolar, sobretudo nos aspectos que envolvem a formação e participação docente. É preciso 'escapar deste modelo inclusão/exclusão e pensar a inclusão digital como algo mais abrangente, que implique em que aquele que está incluído é capaz de participar, questionar, produzir, decidir, transformar' (Bonilla, 2004).
A abordagem do uso das tecnologias na formação do professor está contextualizada não apenas com o uso das ferramentas para a sua aprendizagem, mas também para proporcionar meios para que ele se aproprie do uso das tecnologias para o desenvolvimento de novas práticas em sala de aula. É necessário pensar como todos os artefatos poderão ser apropriados e utilizados na sala de aula.
Bem, é fato que os problemas com o uso das TIC em sala de aula é um processo lento, complexo e ainda exige mais pesquisas sobre o assunto.
Hoje, a inclusão digital nas escolas é um processo irreversível. Porém há muitos gestores escolares que relutam em absorvê-la. É nosso papel, enquanto educadores do século XXI revertermos essa situação.
Por esse motivo, mais uma vez insisto: leiam o texto na íntegra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário