Os diferentes cursos na modalidade à distância têm sido alvo de inúmeras reflexões na educação, haja vista os últimos resultados do ENADE. Nos últimos anos a EaD com suas estratégias de ensino-aprendizagem têm quebrado paradigmas, antes bastante questionados: democratização da educação - em especial o Ensino Superior, uso das Tecnologias de Informação, questões de tempo e espaço de estudo. Tudo isso tem proporcionado, sem sombra de dúvidas, uma educação com formação inclusiva, numa sociedade de diferenças tão acentuadas. Mas qual a razão disso? Será o poder do mundo globalizado, com apropriação das mídias e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), causadores de tal fenômeno?
É certo que as TIC’s no cenário da EaD ressignificaram o conceito de conhecimento. É por meio das ferramentas por elas oferecidas que as potencialidades se afloraram; sem contar que tempo e espaço já não são mais problemas na educação.
É notória a motivação que os estudantes possuem diante de recursos modernos envolvidos no processo de ensinagem. No entanto, para muitos educadores tais recursos e estratégias com eles advindos são companheiros estranhos. Diante disso, urge que esses recursos estejam presentes nos cursos de formação de professores, a fim de potencializar a formação, concedendo aos futuros educadores, novas competências e habilidades para o ensino exigido pelo século XXI. É preciso uma nova concepção do fazer pedagógico, comprometido com diferentes espaços de trocas, permitindo que a construção do conhecimento assuma um papel significativo no processo educacional; um ensino preocupado com a atuação responsável, autônoma e livre do autor principal: o aluno, totalmente crítico-reflexivo.
Portanto, as TIC’s devem somas aos estudos proporcionando nos sujeitos envolvidos no processo o desenvolvimento de novas habilidades e interações, em diferentes níveis e meios sociais e culturais.
Nesse cenário, as mídias, de um modo geral, surgem como mediadoras da ensinagem, enquanto informação e comunicação. Elas permitem o olhar global de uma problemática e dá suporte para buscar soluções plausíveis, além de permitir a discussão e interação com diferentes grupos. É na diversidade que se fará ‘assumição’ de seu papel na sociedade pluricultural. Vejam bem... estamos diante de outro paradigma: qual o conceito de recurso didático ensinado e praticado hoje em muitas universidades? Existe uma prática pedagógica planejada?
Os novos espaços criados pelas TIC’s no cenário educacional, em especial aos cursos EaD, permitiram que o aluno seja, realmente, protagonista de sua própria caminhada em busca da aprendizagem, dando significado ao conhecimento construído, justamente porque as TIC’s propriciaram novas linguagens no espaço educacional.
Assim “é possível construir conhecimento a partir do que já sabemos e do que somos capazes de fazer” (MARCELO, 2011).
Necessitamos de muitas reflexões, ainda, acerca dessa temática. Mas, você que é educador, não fuja dela. Procure estudar, conhecer, para assim contribuir para o desenvolvimento de políticas educacionais inovadoras, democratizadoras e eficazes.