quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EaD no Ensino Público e no Ensino Privado

Compartilho com vocês o texto de Jaime Giolo: Educação a Distância: tensões entre o público e o privado, publicado pela Educ. Soc., Campinas, v. 31, n.113 e instigá-los a refletir à luz da proposta deste blog.
O autor faz um relato bastante crítico e político (se é que dá para criticar sem ser político) sobre a expansão do Ensino Superior pós LDB 9394/96, a nova faceta da EaD na escola pública e na privada, bem como as políticas que as regulamentam. E, ainda, põe em cheque o modelo ora existente em ambas.
No texto Giolo mostra que no período pós-LDB a expansão da educação superior brasileira foi movida, predominantemente, pela oferta e isso acirrou sobremaneira a concorrência e a busca de formas alternativas de educação com o objetivo de atrair alunos. Muitos cursos mais baratos e de curta duração foram criados, além de novas modalidades, como a EaD. Importante lembrar que a EaD aparece, nesse momento, como uma estratégia de conquista de mercado. Essa é um dos motivos às tantas críticas a EaD e seu formato. Onde fica o docente nesse formato? Qual o seu papel? Qual o papel político pedagógico desse profissional?
Quais são as políticas públicas acerca dessa modalidade de ensino? Qual o setor privilegiado com tais políticas?
Mais adiante, Giolo questiona o problema da qualidade do ensino na educação pública versus privada, enfatizando o alto patamar que as instituições públicas sempre mantiveram, desde o começo de sua história. Os investimentos aplicados nas 'públicas' possibilitaram (e possibilitam) que elas mantivessem o status (tecnológico, humano, político), além das posições geográficas estratégicas, próximas às capitais e grandes centros urbanos. Não há de se negar que o investimento no profissional, nos seus professores - altamente qualificados, trabalhando em tempo integral e na tecnologia de ponta - colaboraram para essa excelência. E nas instituições privadas, como isso se deu? Se dá? Há de se registrar que inúmeras instituições privadas têm trazido muitas contribuições à qualidade do ensino e dos profissionais do Brasil. Mas sempre criticadas pela formulação de novas propostas metodológicas, flexíveis e aligeiradas de educação. Tudo o que foge do 'tradicional' sempre foi questionado. Mas os tempos são outros, as pessoas são outras, as estratégias têm de ser outras...
Com a EaD não poderia ser diferente! Todo esse enraigamento na tradição acabaram por gerar consequências nas ações avaliativas e regulatórias do MEC em relação a Educação a Distância. Documentos regulatórios, totalmente moduladores saem do ministério, a fim de 'garantir um ensino - concebido tradicionalmente - como sendo de qualidade'.
Estes e outros pontos são abordados por Jaime Giolo e vale à pena ler na íntegra.
Boa leitura!
http://www.cedes.unicamp.br/

2 comentários:

  1. Olá João,

    Obrigada por compartilhar este texto, vale muito a pena ler na íntegra.

    Abraços,

    Roberta

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